Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas.
No sábado é que as formigas subiam pela pedra.
Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.
De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.
Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, antes do vento espantado poder recomeçar, vejo que é sábado de tarde.
Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais.
Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã.
Domingo de manhã também é a rosa da semana.
Não é propriamente rosa que eu quero dizer.
ameiiiiiiiiii esse blog
ResponderExcluirestou seguindo carinhosamente vcs.
espero que me seguem tbm no meu e que gostem do meu tbm!
http://mihanffe.blogspot.com/
estou seguindo vcs no twitter tbm
me seguem la
@millyanffe
beijokas pra vcs.
;***
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAutoras como Clarice Lispector merecem estar na memória diária de todos.
ResponderExcluirAdorei o blog!
Saiu uma matéria sobre ela no site da Revista Plural. Vale a pena conferir também!
Revista Plural: http://sejaplural.blogspot.com/2010/11/o-olhar-judaico-em-clarice.html
Ola...é maravilhoso o blog de vocês...adorei...Vocês poderiam apontar a fonte dos textos ou os livros que em se encontram as citações ? Abraços
ResponderExcluir